sábado, 28 de março de 2009

Quando as folhas caem....

O vento bateu e o coração sentiu
Uma intensa dor da perda
Perda daquilo que acreditei
Certeza que algo ainda não foi
Dúvida se um dia será
Da forma que eu pensei
Da forma que eu deveria acreditar
A sequidão dos galhos prova aquilo que não há
Como aceitar a ausência do belo
E permitir que as folhas caem
Que tudo se vá, a vida se foi
Mas a vida é assim!

Árvores na vida

Lá estava àquela árvore, tão bela e forte!
Percebia o vento que ela absorvia,
O dançar das folhas que cantavam uma canção
Do prazer e a alegria que trazia ao coração
A paz que nela sentia e o verde era muito intenso
Seus frutos coloriam a vida, daquelas vidas
As sementes que caiam e se faziam presente
A chuva que a regava e o crescimento acontecia
Muitos olhares, passeios ao vento
A brisa se sentia, um suave frescor existia
A sombra acolhia o coração que queria.
Voltei para olhar aquela árvore, e lá ela não estava
Corri até o topo do monte, e vi que dela não tinha, mas nada
Nada que a lembrasse e nada que a fizesse importante
Seu significado se foi, a lembrança ficou nos detalhes que vivi
E na esperança que permaneceu
Na esperança que novas árvores cresçam como aquela
Afim de que seus frutos venham, suas folhas caiam
A vida ressurja, a confiança retorne
E a esperança seja mais uma vez a ultima a morrer.


sexta-feira, 6 de março de 2009

Palavras, águas amargas!




Palavras, águas amargas!
Cuidado com as palavras!
São falhas e erradas,
Destilam veneno
Ardem por dentro,
Acaba com o bom sabor das águas,
Águas doces em amargas,
Cilada recitada!
Degustada por quem fala,
Palavras, águas amargas.

Ouvidas são digeridas!
Queimam e difundem o fel,
Palavras ouvidas, lidas,
Indigesta quando cruel!
Prolongado o seu enfado,
Efeito pesado.

Ameaçadora descontrolada!
Exibe feição descontente.
Seu alvo é incerto!
Quem pode garantir?
Despistar-se não adianta
Se sentir, não fingir!
Expelir para reagir!

Raquel Cezário
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/raquelcezario

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